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my cinnamon heart

bem-estar, mindfulness, minimalismo

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20
Nov18

O que mudei na minha alimentação nestes últimos dois anos

Este post vem na sequência de "Tabaco: mata e mói".

 

A minha alimentação variou muito nestes últimos dois anos. Quero falar-vos do impacto que cada mudança teve na minha saúde, mas irei repartir a informação numa série de 3 posts.

 

Quando perdi a visão do meu olho direito, devido a um surto da Esclerose Múltipla, a única coisa que podia fazer a nível hospitalar era ser tratada com corticosteróides. Isto iria apenas acelerar o processo de recuperar a visão e não teria qualquer influência na percentagem de visão que iria recuperar, pelo que recusei. Nas aulas, tenho aprendido que um medicamento só deve ser prescrito quando o benefício supera o risco. Eu não sabia como seria o meu futuro, quantos surtos iria ter, como a doença iria evoluir, quantas vezes teria mesmo de fazer este tipo de tratamento, para além de todos os restantes medicamentos que teria de tomar. Queria proteger, ao máximo, os meus órgãos, como o fígado e rins e não sobrecarregá-los.

 

Por vezes, o saber joga um pouco contra nós e fica difícil não refletir sobre todos os prós e contras e apenas confiar...

 

Passo seguinte: o que podia eu fazer em casa?

Pesquisei e encontrei o relato de um doente que tinha sido aconselhado pela sua enfermeira numa situação semelhante à minha. Foi-lhe aconselhado descansar, o máximo possível, a vista e preferir alimentos ricos em vitamina A:

  • Cenoura
  • Abóbora
  • Brócolos
  • Manga
  • Ovos
  • Salmão

 

Aumentei também os alimentos ricos em antioxidantes, como os frutos vermelhos.

E tentei evitar os alimentos que produziam algum tipo de resposta inflamatória, como fast-food, alimentos com gorduras saturadas e trans, etc.

Segui o conselho à risca e passados 3 meses recuperei a visão a 100%.

 

Ao mesmo tempo que fazia estas alterações, li "O Que Eu Aprendi Com E.L.A" de Bernardo Pinto Coelho. E, no livro, Bernardo também falava de alterações que fez na sua alimentação e isso inspirou-me, cada vez mais, a manter-me forte e a acreditar.

 

 

Este foi o primeiro momento, após o diagnóstico, em que comecei a olhar para a alimentação de forma diferente. Aprendi que a alimentação influencia muito a nossa saúde, mais do que acreditava - e, por essa altura, já tinha feito o curso técnico de nutrição clínica! Pode prejudicar-nos mas, também, pode curar-nos. Depende apenas de escolhas informadas e nós temos esse poder nas nossas mãos.

 

Aviso: Não aconselho, de forma alguma, a recusa de tratamentos indicados por especialistas ou a pesquisa de informação médica na Internet. Quando o fiz, foi após ter conversado com vários médicos, incluindo o meu. Sendo formada na área de bioquímica e estudante de ciências farmacêuticas, acredito ter uma visão mais crítica daquilo que leio sobre saúde, por aí. Além do mais, cada organismo tem as suas características. Aquilo que funcionou comigo, poderá não funcionar contigo.

 

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